Coma Com Os Olhos

As mentiras que nos obrigam a engolir

Posts Tagged ‘ iogurte ’

Diretamente do Diretor de Letras Headquarters

_____________________________________

EU ACHO QUE O PRIMEIRO EPISÓDIO SOBRE IOGURTES fez um grande sucesso. Tudo bem que eu demorei mais de um mês para escrever este segundo post, mas é por uma boa causa: eu queria reunir muitos comentários para mostrar que sou polêmico. O principal comentário no primeiro episódio foi o fato de eu ter chamado ‘flan’ de ‘iogurte’. Ora, meus caros! É óbvio que chamo de iogurte! Tudo faz parte de um rol de sobremesas feitas na fábrica e que envolvem potinhos coloridos com tampas de alumínio. Aqui qualquer flan, Danoninho e se pá até Nutella entra na categoria de iogurte para não cometer injustiças com as sobremesas gostosas. Não se apeguem tanto a detalhes, ok? Aqui mostramos como seu prazer bucal pode ser aprimorado. Nenhum de vocês é revisor do dicionário Aurélio, né? Pois bem, dando sequência em nossa deliciosa epopeia, gostaria de introduzir-lhes ao nosso combatente: Chandelle!

Eis aqui nosso queridão!

Eis aqui nosso queridão!

NÃO É O DANETE, APESAR DE TER A PRETENSÃO MERCADOLÓGICA DE SER. No entanto, não posso dizer se tem o mesmo sabor do concorrente porque ainda não comparei levando em conta o cunho científico / gordístico da coisa. Numa próxima oportunidade eu digo se são diferentes. O que podemos dizer assertivamente é que o Chandelle sofre os efeitos da metonímia — quando você substitui o nome de algo por outro nome mais conhecido e /ou mais comum. É impossível não chamar este simpático iogurte de Danete, por mais que você saiba que é um Chandelle. Outrossim, não podemos deixar de notar todas as características da embalagem, que são uma clara afronta ao seu predecessor francês.

Quesito 1 – Facilidade para abrir

MESMO COM TODA A MINHA PRÁTICA E DESTREZA COM IOGURTES, nem sempre dá para fazer aquela abertura cinematográfica no potinho. E foi o que aconteceu com o Danete Chandelle. Parece que os caras acordam meio de lua. Um dia o chefe da produção levanta da cama e diz “hoje eu vou socar mais cola naquela tampinha só pra ferrar com esses gordos!”. E então você vai com todo capricho — e unhas bem cortadas — abrir o produto quando SHLASH! vai um pedaço de alumínio para cada lado. A solução, então, é enfiar o dedo no iogurte para descolar as outras partes que restaram.

Dá trabalho, não, filho! Tá com medo de morrer logo?

CURIOSAMENTE, devido à textura bastante cremosa do Danete Chandelle, é possível, sim, lamber a tampa (quesito 2). É claro que você não vai conseguir dar aquela varrida que até suja a ponta do nariz, mas com um pouco de cuidado você aproveita aquele pouquinho que está ali na foto. E como vocês podem perceber igualmente na foto, os pedacinhos teimosos da tampa estão lá para adiar por alguns segundos o assassinato da guloseima.

Quesito 3 – Aparência imediata

É LINDO. É uma poesia para os olhos. Impossível não imaginar uma fonte no meio de uma praça do interior do Paraná vertendo o iogurte para quem o desejar. O Chandelle está para os iogurtes bonitos como Earth, wind And Fire está para as músicas esquisitonas. Quando você termina de se distrair com a tampa que se cortou, você olha uma versão pequena de um caldeirão de chocolate pedindo para ser devorado em segundos — bobo quem não o faz! A textura (quesito 4) é impecável! Dá vontade de pegar com a mão e esfregar no rosto, criando assim o mais delicioso e perfumado processo de skincare que existe.

Quesito 5 – Gostinho de infância

AH, MAS ESTE AQUI FAZ VOCÊ VOLTAR AOS 5 ANOS DE IDADE! Se algum dia você estiver assistindo ao seu amigo jogar video-game enquanto come um Chandelle, fatalmente você voltará no tempo e lembrar de quando assistia ao seu tio jogar fliperama no boteco da rodoviária.

And THAT'S how it's done!

UMA TAREFA BEM EXECUTADA É QUANDO TODOS GOSTARIAM DE TÊ-LA FEITO EM SEU LUGAR. Por isso, corra no Super e compre alguns pares de Chandelle — Danete também vale até eu decidir efetivamente qual é o melhor. Melhor que isso só aquilo.

MANDE UM ALÔ AOS SEUS,

Luiz Guilherme Amaral

CEO da Diretor de Letras Company Inc. Ltd. S/A.

 

Diretamente de Diretor de Letras Headquarters

______________________________________

ESTAVA EU EM MEU HUMILDE QUARTEL GENERAL fazendo minhas criações publicitárias quando senti uma enorme vontade de trabalhar como degustador de iogurtes. Na verdade, meu sonho é degustar iogurtes e fazer relatórios sobre eles. No entanto, como eu amo ser publicitário, pedi para o honorável Sr. CCOO uma oportunidade de falar sobre iogurtes neste estimado sítio. Qual não foi a minha surpresa quando o mesmo referido Sr. CCOO não apenas liberou passagem para mim quanto também já havia criado um login! É muita presteza por baixo de cabelos sem caracóis (1).

COMO EU NÃO FUI ALERTADO SOBRE CRITÉRIOS, analisarei os iogurtes pelo que eu mais acho importante:

1. Facilidade para abrir;

2. Dá pra lamber a tampa?;

3. Aparência imediata;

4. Textura;

5. Gostinho de infância;

SE VOCÊ JÁ LEU este texto no meu aclamado blog(2), vai entender por que abrir iogurte é um aspecto importante na vida de uma pessoa. Lamber a tampa é igualmente passível de avaliação porque eu não concordo com o Caco Antibes e não acho que lamber tampa seja coisa de pobre, muito pelo contrário: é coisa de quem entende do assunto. Os outros quesitos, imagino, não vos causaram estranheza salvo pelo último, denominado “Gostinho de infância”. Sim, porque tem que lembrar de quando usávamos calças curtas, senão não tem graça. Ah, eu também não estou muito preocupado com o valor nutritivo, mas com a experiência sempre única que é degustar este que é o maior derivado de uma vaca depois do bezerro.  Assim sendo, vamos iniciar nosso especial sobre iogurtes com uma das minhas modalidades preferidas: o Flan da Batavo.

O FLAN, TAMBÉM CONHECIDO NA ALTA SOCIEDADE COMO FLANCISCO, é um pudinzinho bem maroto com uma proposta interessante: ser um pouco mais afrescalhado que um iogurte cremoso. Isso já vemos logo de cara porque o rótulo sugere que coloquemos o Flan em um pratinho para que a calda caia por cima. Eu acho balela! Prefiro comer no estilo Comando para Matar, que é enfiando a colher logo de uma vez, ou misturando bastante para que tudo vire uma coisa deliciosa só.

Vocês viram que eu não sou muito bom de foto, mas a intenção é mostrar que a própria Batavo sugere tirar o Flan do potinho

NOS QUESITOS “Facilidade de Abrir” e “Dá para lamber a tampa?”, o Flan da Batavo já tomou uma surra, deixando a situação deveras delicada. Eu não gosto quando o papel alumínio rasga e entra no iogurte. Se você estiver abrindo o potinho em um metrô, por exemplo, vai passar por uma situação constrangedora e possivelmente terá que limpar os dedos na saia da menina sentada ao seu lado. E, como o papel alumínio rasgou inteiro, ninguém seria idiota de enfiar a língua ali a menos que seja um masoquista.

Houston, we have a situation with the Flan

A APARÊNCIA IMEDIATA DO FLANCISCO, que é o que você vê logo que tira a tampinha, é bastante convidativa, talvez pela cor pastel, que sempre traz uma sensação feliz e acolhedora. A textura também nos faz ter vontade de enfiar o rosto inteiro no potinho, mas até hoje eu só consegui comer sem o auxílio de colher(3). Quem sabe quando a Batavo inventar um pote maior este sonho também possa ser realizado, né? Enfim, acredito que a fabricante alcançou o sucesso criando um Flan que, além de extremamente saboroso, também chama a atenção dos olhos. O rótulo, devo confessar, tira um pouco a coragem de comprar, talvez porque a ilustração não esteja tão realista quanto necessário. Se você pegar outros rótulos de Flanciscos, há ilustrações mais convidativas. Como eles dizem num blog de publicidade famoso das interwebs, faltou passar um Adobe melhorzinho.

Este é o estilo Comando para Matar, onde não há regras para comer o Flan. Você também pode misturar tudo e fazer um mingauzão.

PARA FINALIZAR, NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR DO GOSTINHO DE INFÂNCIA. Quando eu degusto algo assim, ele tem que me lembrar das tardes nos anos 80 sentado em frente à tevê assistindo aos desenhos. Este Flan com certeza me leva à época de que o Bozo era maluco e a Xuxa usava maiô com decote até o umbigo. Também me lembro dos potes de Fiorella cheios de guache para pintar as calçadas… Ah, viram só como esse Flan é poderoso?

Então, se eu posso dar um veredicto, seria: pode comprar que você não se arrepende!

UM EFUSIVO AMPLEXO,

Luiz Guilherme Amaral

CEO da Diretor de Letras Enterprises Inc. Ltd.

___________________________

(1) Meu estilo de redação foi ensinado por Vossa Iluminescência Baganah Namarikah, que era quem respondia as cartas da Revista Mad. (2) Meu blog é aclamado por mim mesmo e ninguém tem nada a ver com isso. (3) Quer dizer que eu utilizei apenas a língua, tal como cachorrinhos bebem água.

frozen-yogurt

Sorvetes de iogurte viraram febre entre os consumidores. Mas, quem tomar um acreditando que esteja ingerindo um produto mais saudável, pode estar sendo enganado. Testamos oito marcas (Yogenfrüz, Bendita Fruta, Yogolove, Yoggi, Yogoberry, Yoforia, Tutti Frutti e Yogefresh) e vimos que apenas o Yogenfrüz tem bactérias o suficiente para ser caracterizado como iogurte. O Yogefresh não passa de um sorvete comum e todos os outros podem ser considerados, no  máximo, à base de iogurte.

As más notícias continuam: os preços são muito caros quando comparados aos sorvetes tradicionais – o tamanho pequeno, sabor natural ou tradicional, custa, em média, de R$ 6 a R$ 8. E são raros os fabricantes que disponibilizam a lista dos ingredientes.
Ainda assim, há boas notícias quanto a esses produtos: de maneira geral, eles não têm muito açúcar e apenas uma marca (Bendita Fruta) apresenta gordura total e gordura saturada.

Fonte