Especial Iogurtes – Episódio II
April 2, 2012 • Uncategorized • Comments
Diretamente do Diretor de Letras Headquarters
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EU ACHO QUE O PRIMEIRO EPISÓDIO SOBRE IOGURTES fez um grande sucesso. Tudo bem que eu demorei mais de um mês para escrever este segundo post, mas é por uma boa causa: eu queria reunir muitos comentários para mostrar que sou polêmico. O principal comentário no primeiro episódio foi o fato de eu ter chamado ‘flan’ de ‘iogurte’. Ora, meus caros! É óbvio que chamo de iogurte! Tudo faz parte de um rol de sobremesas feitas na fábrica e que envolvem potinhos coloridos com tampas de alumínio. Aqui qualquer flan, Danoninho e se pá até Nutella entra na categoria de iogurte para não cometer injustiças com as sobremesas gostosas. Não se apeguem tanto a detalhes, ok? Aqui mostramos como seu prazer bucal pode ser aprimorado. Nenhum de vocês é revisor do dicionário Aurélio, né? Pois bem, dando sequência em nossa deliciosa epopeia, gostaria de introduzir-lhes ao nosso combatente: Chandelle!
NÃO É O DANETE, APESAR DE TER A PRETENSÃO MERCADOLÓGICA DE SER. No entanto, não posso dizer se tem o mesmo sabor do concorrente porque ainda não comparei levando em conta o cunho científico / gordístico da coisa. Numa próxima oportunidade eu digo se são diferentes. O que podemos dizer assertivamente é que o Chandelle sofre os efeitos da metonímia — quando você substitui o nome de algo por outro nome mais conhecido e /ou mais comum. É impossível não chamar este simpático iogurte de Danete, por mais que você saiba que é um Chandelle. Outrossim, não podemos deixar de notar todas as características da embalagem, que são uma clara afronta ao seu predecessor francês.
Quesito 1 – Facilidade para abrir
MESMO COM TODA A MINHA PRÁTICA E DESTREZA COM IOGURTES, nem sempre dá para fazer aquela abertura cinematográfica no potinho. E foi o que aconteceu com o Danete Chandelle. Parece que os caras acordam meio de lua. Um dia o chefe da produção levanta da cama e diz “hoje eu vou socar mais cola naquela tampinha só pra ferrar com esses gordos!”. E então você vai com todo capricho — e unhas bem cortadas — abrir o produto quando SHLASH! vai um pedaço de alumínio para cada lado. A solução, então, é enfiar o dedo no iogurte para descolar as outras partes que restaram.
CURIOSAMENTE, devido à textura bastante cremosa do Danete Chandelle, é possível, sim, lamber a tampa (quesito 2). É claro que você não vai conseguir dar aquela varrida que até suja a ponta do nariz, mas com um pouco de cuidado você aproveita aquele pouquinho que está ali na foto. E como vocês podem perceber igualmente na foto, os pedacinhos teimosos da tampa estão lá para adiar por alguns segundos o assassinato da guloseima.
Quesito 3 – Aparência imediata
É LINDO. É uma poesia para os olhos. Impossível não imaginar uma fonte no meio de uma praça do interior do Paraná vertendo o iogurte para quem o desejar. O Chandelle está para os iogurtes bonitos como Earth, wind And Fire está para as músicas esquisitonas. Quando você termina de se distrair com a tampa que se cortou, você olha uma versão pequena de um caldeirão de chocolate pedindo para ser devorado em segundos — bobo quem não o faz! A textura (quesito 4) é impecável! Dá vontade de pegar com a mão e esfregar no rosto, criando assim o mais delicioso e perfumado processo de skincare que existe.
Quesito 5 – Gostinho de infância
AH, MAS ESTE AQUI FAZ VOCÊ VOLTAR AOS 5 ANOS DE IDADE! Se algum dia você estiver assistindo ao seu amigo jogar video-game enquanto come um Chandelle, fatalmente você voltará no tempo e lembrar de quando assistia ao seu tio jogar fliperama no boteco da rodoviária.
UMA TAREFA BEM EXECUTADA É QUANDO TODOS GOSTARIAM DE TÊ-LA FEITO EM SEU LUGAR. Por isso, corra no Super e compre alguns pares de Chandelle — Danete também vale até eu decidir efetivamente qual é o melhor. Melhor que isso só aquilo.
MANDE UM ALÔ AOS SEUS,
Luiz Guilherme Amaral
CEO da Diretor de Letras Company Inc. Ltd. S/A.