Qualquer lanche ou comemoração fica incrementado com um bom cachorro-quente, que também faz sucesso durante as festas juninas. E quando o recheio é caprichado, com uma salsicha bem cozida e suculenta, fica fácil agradar ao mais variados paladares. Mas você sabe se o que recheia o seu sanduíche faz bem à sua saúde? E se a salsicha que você considera tão apetitosa é produzida de acordo com as normas de higiene? Para descobrir isso, testamos nove amostras de salsichas. E novamente concluímos que, apesar da praticidade e do sabor, a salsicha deve ser consumida esporadicamente e com moderação, devido à quantidade de sal que esse produto apresenta.No estudo com salsichas realizado anteriormente (PROTESTE no 27, jul/04), foram encontrados altos teores de sal e rotulagem com problemas nas marcas testadas. De lá para cá, pouca coisa mudou no que diz respeito ao sal. Quanto às embalagens, a maioria dos fabricantes adequou a apresentação das informações, mas uma marca em especial – Perdigão – não traz em seus produtos a informação sobre retirar as salsichas e armazenar fora da embalagem original após a abertura, o que consideramos importante, porque esse alimento estraga rápido.
A temperatura de armazenamento é um elemento importante para a conservação das salsichas. Segundo os rótulos dos produtos, a temperatura máxima de conservação na embalagem fechada variava de 7 a 10o. C. Nos pontos de venda analisados, as temperaturas das gôndolas encontravam-se dentro do esperado. E em relação aos produtos, um deles estava com temperatura superior à informada na embalagem. Entretanto, não penalizamos os produtos, já que a responsabilidade do controle (nessa etapa da cadeia produtiva) é do estabelecimento varejista.
Nas análises físico-químicas, verificamos os teores de carboidratos totais, amido, proteína, gordura,
umidade e teor de cálcio em base seca. Em conjunto com outros parâmetros, tais características definem os padrões de identidade e qualidade das salsichas.
Não encontramos problemas nas amostras selecionadas. No quesito higiene, em que testamos a presença de micro organismos indicadores de qualidade higiênica e patógenos, todas as salsichas foram bem avaliadas.
No painel com os consumidores, verificamos a aceitação e a preferência em testes distintos para cada tipo de salsicha. Entre as de carne mista, a Sadia foi a preferida, apresentando a maior média de aceitabilidade. Entre as de frango, 24% dos participantes “gostaram muito” da salsicha de frango Sadia, contra 17% para a Seara e 15% da Perdigão. Seja qual for a sua preferência, lembre-se: apesar de saborosa, consuma com moderação.
Fonte: Revista Proteste, Ano X – No. 103 – Jun/11