Coma Com Os Olhos

As mentiras que nos obrigam a engolir

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Sinônimo de praticidade e sabor, as almôndegas congeladas têm o seu local cativo no freezer dos brasileiros, seja para incrementar a macarronada ou complementar uma refeição. Mas será que os produtos nacionais estão em dia com a qualidade? Para descobrir a resposta, avaliamos a qualidade físico-química, higiênica, de rotulagem e sensorial de almôndegas de carne bovina e de frango.
Na análise dos rótulos, verificamos a denominação de venda, a data de fabricação, a data de validade, o lote, o nome do fabricante e endereço, conservação, validade após abertura, informação nutricional, informação sobre a presença ou ausência de glúten, SAC, nacionalidade da indústria e facilidade de leitura do rótulo. De modo geral, todos são completos. As exceções são os produtos Aurora, que não informavam a validade após abertura, e as almôndegas Qualitá (tanto a bovina quanto a de frango), que não indicavam o lote, apenas data de fabricação e validade (veja mais na pág. 20). O lote é uma informação importante para o consumidor: quando surge um problema associado ao produto, o lote impresso na embalagem permite uma melhor identificação e rastreabilidade, facilitando em casos de recolhimento.

doquesaofeitas Produtos são de boa qualidade
As análises físico-químicas (teores de carboidratos, proteína, gordura e cálcio em base seca) são importantes, por determinarem em conjunto com outros parâmetros os padrões de identidade e qualidade das almôndegas congeladas.
Em se tratando de produtos cárneos, quanto menor o teor de carboidratos, melhor para o consumidor. No caso das almôndegas, o máximo permitido é de 10%, limite que foi cumprido por todas as amostras. Os teores de proteínas também foram parecidos: todos acima de 12%. Mas as marcas Aurora e Sadia (carne bovina) e Qualitá (frango) foram consideradas as melhores por apresentarem teor proteico superior a 15%.
Se você come comida congelada e está de olho na balança, pode ficar tranquilo com relação aos teores de gordura. Tivemos uma variação de 6,35% (almôndega de frango da Sadia) a 11,7% (bovina, da Aurora), índices bem abaixo dos 18% máximos permitidos pela legislação. Com relação ao teor de cálcio em base seca, que pode denunciar a utilização de matéria-prima de má qualidade (como restos e pedaços de ossos), todos os produtos estão próprios para o consumo. Enquanto as almôndegas Perdigão (bovina e de frango) e Sadia (bovina) não apresentaram traços de cálcio em base seca, as demais possuíam valores próximos ao máximo estabelecido na legislação (0,1% no produto cru), o que, portanto, não compromete o seu consumo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um adulto pode ingerir, por dia, até 5 gramas de cloreto de sódio (sal de cozinha), o que equivale a aproximadamente 2 gramas de sódio. Em nosso teste, descobrimos que as almôndegas de frango possuem um teor de sódio menor que as de carne bovina. Porém, em todos os casos, não é um teor elevado, tendo em vista que a almôndega será consumida como a porção proteica da refeição. Em resumo, as almôndegas de frango são mais seguras para a dieta
de pessoas hipertensas.

precos

A marca Aurora é a única fiel ao rótulo
Você tem o direito de saber o que de fato come. E os fabricantes, a obrigação de informar o que estão comercializando. Por isso, fizemos uma comparação, cruzando os dados fornecidos pelos rótulos com o que encontramos em nossa análise laboratorial (veja mais no quadro abaixo). O único produto que não apresentou problema nessa análise foi a almôndega Aurora. Entretanto, apesar do desencontro das informações, as demais almôndegas podem ser consumidas sem risco à saúde.
Também verificamos a presença de micro-organismos indicadores de qualidade higiênica e patógenos. Foram  avaliados coliformes totais, coliformes fecais, bolores e leveduras, E. coli, Estafilococos coagulase positiva, Salmonella sp. e Clostridium sulfito redutor

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Fonte


18 pessoas já comentaram, falta você...

  1. marcio on July 18, 2011 8:15 am

    Sempre gostei dos produtos Aurora, mas no quesito almôndegas, nada como você mesmo fazer as bolinhas de carne…

  2. Igor Freire on July 18, 2011 1:32 pm

    Pô, gostava mais do blog antes… que os posts eram sobre produtos, sanduíches, bacon… hehehe… esse papo saudável eu posso ler na veja, istoé, men’s health, sei lá… não que eu não concorde. a coluna ‘não piso mais’ é fantástica.. mas estão faltando atualizações ‘a lá’ ccoo

  3. Wesley Souza on July 18, 2011 7:14 pm

    Sem dúvidas é um bom post. Mas, convenhamos que preços de 2001 (dez anos atrás) é Ph***

  4. Fábio Barbano on July 18, 2011 9:45 pm

    Mas esses preços não mudaram muito, né?

    Eu já provei almôndegas industrializadas, acho que da Sadia. Acho horríveis. Prefiro fazer em casa mesmo… é simples e rápido. O mais trabalhoso é fritar, e isso você tem que fazer tanto com a caseira como com a industrializada…

  5. Rodrigo Bueno on July 21, 2011 11:35 pm

    Ao SrCCOO…

    Você escreveu em 18 de julho de 2011: “as almôndegas Qualitá (tanto a bovina quanto a de frango), que não indicavam o lote, apenas data de fabricação e validade (veja mais na pág. 20). O lote é uma informação importante para o consumidor: quando surge um problema associado ao produto, o lote impresso na embalagem permite uma melhor identificação e rastreabilidade, facilitando em casos de recolhimento.”

    Agora vejamos o que a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) D-E-T-E-R-M-I-N-O-U em 20 de setembro de 2002 através da Resolução – RDC nº 259.

    “Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico sobre Rotulagem de Alimentos Embalados”

    Vamos então a parte do Regulamento que interessa? (Se achar melhor, e certamente será melhor pois você não tem argumento algum, leia o Regulamento inteiro e com calma antes de publicar quaisquer palavras no seu blog)

    1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

    O presente Regulamento Técnico se aplica à rotulagem de todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para oferta ao consumidor.
    Naqueles casos em que as características particulares de um alimento requerem uma regulamentação específica, a mesma se aplica de maneira complementar ao disposto no presente Regulamento Técnico.

    .
    .
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    5. INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA

    Caso o presente Regulamento Técnico ou um regulamento técnico específico não determine algo em contrário, a rotulagem de alimentos embalados deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
    • Denominação de venda do alimento
    • Lista de ingredientes
    • Conteúdos líquidos
    • Identificação da origem
    • Nome ou razão social e endereço do importador, no caso de alimentos importados
    • IDENTIFICAÇÃO DO LOTE (ATÉ AQUI VOCÊ ESTÁ CORRETO)
    • Prazo de validade
    • Instruções sobre o preparo e uso do alimento, quando necessário.

    Pulemos agora para o cap. 6, item 6.5, sub-item 6.5.3 (letra b para o seu caso)

    6. APRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIA
    6.5. Identificação do Lote
    6.5.3. Para indicação do lote, pode ser utilizado:
    a) um código chave precedido da letra “L”. Este código deve estar à disposição da autoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer o intercâmbio entre os países; ou
    b) A DATA DE FABRICAÇÃO, embalagem ou de prazo de validade, sempre que a(s) mesma(s) indique(m), pelo menos, o dia e o mês ou o mês e o ano (nesta ordem)…

    Quem está certo? Você, ou o fornecedor que seguiu a LEI?

  6. trollson on July 21, 2011 11:52 pm

    Tem cara aí que parece estar com uma dor de cotovelo!! aiai

  7. Rodrigo Bueno on July 21, 2011 11:53 pm

    Só para constar, as almondegas Qualitá, diga-se de passagem fabricadas pela empresa BRF (Brasil Foods) – resultado da fusão da Sadia S.A. pela Perdigão S.A, ou seja, duas empresas bem conceituadas – passam por um rigoroso controle de qualidade e verificação da rotulagem ao chegar na Central de Distribuição do Grupo Pão de Açúcar, dono este exclusivo da marca Qualitá.
    Antes mesmo de chegar a sua mesa alimentícia de críticas SrCCOO, a embalagem deste produto certamente foi verificada por profissionais competentes que também, certamente, observaram a presença da data de fabricação, COMO LOTE, e seguiram com a distribuição do produto para as lojas da rede.
    Novamente digo, se informe antes de criticar algo!
    O SAC existe para isso!

  8. Kitchan on July 22, 2011 9:36 am

    Caros Sr. Rodrigo Bueno,
    o senhor teve ao menos a decência de olhar o rodapé da postagem e ver que a mesma é uma matéria retirada – quase na íntegra – da conceituada revista de Direitos do Consumidor PROTESTE? Ou o senhor só está aqui pra causar, mesmo?

  9. Rodrigo on July 22, 2011 12:22 pm

    E você teve o interesse de ler a Legislação?
    A pessoa que publicou a matéria nessa “conceituada revista” também se deu esse trabalho?
    Pare pra pensar nisso!

    ps* O Sr. está no céu… pode me chamar de você a vontade.

  10. Marcelo on July 22, 2011 5:06 pm

    Imaginem se um judeu, lendo o post, descobre que comeu almondega de frango que continha porco… hehehehe

  11. igor on July 22, 2011 9:29 pm

    @Marcelo
    pow, sacanagem auehuaeheha

  12. Wesley Souza on July 25, 2011 8:06 pm

    Se por um lado o Sr. Rodrigo Bueno está correto na colocação da legislação relacionada ao lote, por outro, ele, nesta gana apaixonada de defender o produto da Qualitá, deveria ter explicado sobre a carne das espécies não declaradas em embalagem que são indubitavelmente um engodo e um desrespeito ao consumidor destes produtos industrilizados.

  13. Marita on July 28, 2011 10:43 am

    É por essas e outras que eu prefiro fazer minhas próprias almondegas… e vou contar pra vcs: nem é tão difícil assim. Para 500g de carne moída (patinho, de preferência), acrescente um pacote de creme de cebola e uma colher (sopa) de água. Trabalhe com as mãos para homogeneizar a massa e faça as bolinhas. Acomode em um recipiente plástico que possa ir ao freezer e congele suas almondegas. Quando vc quiser, elas estarão lá. É só na panela ou no microondas com um sachê de molho de tomate (daqueles que basta aquecer) e pronto! Garanto que fica muito mais saboroso e mais barato também do que comprar o industrializado. E tem mais: com essa mesma “massa” eu faço hamburguer. É só mudar o formato. Depois que eu aprendi a fazer isso, nunca mais comprei nem o hamburguer, nem as almôndegas industrializadas. Ah! E tem mais um detalhe: se vc quiser dar um sabor extra à essa massa, acrescente na preparação um sachê daquele caldo de picanha em pózinho, sabe? Fácil, prático, barato e gostoso. FICA A DICA ;-)

  14. on July 29, 2011 2:57 am

    What a neat atrcile. I had no inkling.

  15. felipe on August 4, 2011 10:21 am

    Cala a boca Rodrigo ngm lê esses textos do tamanho da sua banha que vc escreve

  16. Karen on August 6, 2011 12:17 pm

    A pergunta que não quer calar… será que o Sr Rodrigo Bueno tem coragem de comer as famigeradas almondegas? Se esconder atrás de regulamentos “muito bem escritos” pra passar a perna no consumidor não é, digamos, uma novidade por aqui não é verdade?

  17. fuck you on October 31, 2011 9:16 pm

    vai se fuder voce excluio o canal do zegraça1

  18. Fernando Paes on April 17, 2012 12:54 pm

    caraca… como o povo é feito de trouxa e aceita!

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